Juventude do PPS se reúne com lideranças do partido na Assembléia Legislativa

Juventude do PPS se reúne com lideranças do partido na Assembléia Legislativa
Lideranças do PPS compareceram na tarde desta quinta-feira, dia 10, a uma reunião com a Juventude Popular Socialista (JPS) na Assembléia. No encontro foi apresentado um projeto que divide o Tocantins em cinco núcleos: Palmas, Araguaína, Gurupi, Colinas e Dianópolis. Segundo o projeto da Juventude Popular Socialista, o objetivo é atrair mais jovens para as fileiras do partido e lançar candidatos jovens já para o ano de 2008. A proposta é dinamizar as ações do partido com a juventude tocantinense. O presidente da JPS, Tony Charles Gomes, explica que “a proposta surge a partir da necessidade de mobilizar a juventude ao mesmo tempo estruturando o trabalho partidário em cada frente de atuação. A intenção é fazer com que o jovem despreparado de hoje, seja, num futuro próximo, um articulador de políticas em prol da sociedade em que vive”. Baseados na pesquisa divulgada pelo “Perfil do Jovem Tocantinense” que mostra que embora 40% da juventude se interesse pelo meio político, apenas 6% são filiados a alguma legenda, os jovens representantes da JPS defendem uma maior integração da classe na política estadual. Tony Charles afirmou que a idéia desta Executiva é “funcionar muito além do simples debate político-partidário, mas somar idéias e ações concretas em áreas como ecologia, cultura, esportes, lazer , música, turismo, direitos humanos, desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia” entre outros. Além dos líderes jovens do Partido Popular Socialista, também participaram da reunião do JPS, o secretário estadual para Assuntos Parlamentares e primeiro suplente de deputado do PPS no Legislativo, Sargento Aragão, e o chefe de gabinete do deputado pepessista Eduardo do Dertins, Elmar Batista Borges.


sexta-feira, 22 de junho de 2007

Editorial da Folha: Nada de aprendizado

Com aumento de cargos preenchidos por políticos, o governo Lula reincide num vício que ajudou a produzir o mensalão

EM ATOS e discursos, o governo Lula está empenhado em reescrever a história recente. Na narrativa enviesada, o mensalão -e todas as graves distorções da política nacional que o escândalo revelou- vai se tornando uma nota de rodapé. Se tanto.

Logo após a seqüência de notícias dando conta da dimensão do valerioduto e suas ramificações nos negócios do governo e no Congresso, a gestão Lula, atordoada, ao menos fingia estar preocupada em atacar algumas das causas dos desmandos. O mês de julho de 2005 começava com a promessa de redução drástica nos cargos de confiança da máquina federal, onde vicejam negociatas de todo calibre.

O Planalto falava em reduzir o número de postos preenchidos por critérios políticos (havia 20 mil na administração direta) para 4.500, num prazo de até oito meses. "O presidente fará uma reforma que vai enxugar o número de ministérios e reduzir os cargos de confiança", afirmava o então líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Nada disso, obviamente, aconteceu. Passou o tempo, Lula foi reeleito e, dois anos depois, seu governo anuncia o oposto: vai aumentar os cargos de livre provimento, que ultrapassarão 22 mil, e reajustar suas remunerações. O objetivo é satisfazer a clientela de sempre -ora inflacionada pela hipertrofia da aliança que une comunistas, liberais, neopentecostais, sem-terra, ruralistas, peemedebistas de todos os currais e tantos outros.

Não se acomoda inteiramente ao governo Lula o rótulo aplicado aos Bourbon, aqueles que "nada aprenderam e nada perdoaram" após a Revolução Francesa. O presidente sabe perdoar. A posse ao filósofo Mangabeira Unger, ácido crítico do governo até há pouco tempo, foi só a manifestação mais recente do espírito de reconciliação presidencial, que já contemplara Sarney, Collor, Maluf, Quércia.

Já na incapacidade de retirar lições dos traumas históricos, a cúpula lulista se aproxima bem da dinastia francesa. Cenas explícitas de corrupção nos Correios e o envolvimento em desmandos de assessores no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, no Instituto de Resseguros do Brasil e na Casa da Moeda, entre outros, não tiveram valor pedagógico nenhum para o governo.

Pelo contrário, o Planalto parece ter tomado a impunidade como salvo-conduto. Não apenas replica o loteamento político da máquina federal mas o amplia. Seria cômico, se não representasse prejuízos para o cidadão -como contribuinte e usuário dos serviços públicos-, o fato de a base governista estar discutindo ampliar o financiamento público de campanhas e torná-lo exclusivo neste momento.

Quer-se proibir a doação privada às legendas justamente quando estão sendo aumentados os pontos de contato (cargos de confiança) entre os partidos enquistados na máquina pública e os lobbies e os negociantes interessados em contratos e concessões do Executivo e de estatais.

O paradoxo é apenas aparente. As ações se compõem no sentido de fertilizar o submundo das negociatas à custa do erário.

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